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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

TECNOLOGIA: PERSONALIDADE NAS ORGANIZAÇÕES

A PERSONALIDADE
Entende-se por personalidade como um conjunto de características, mais ou menos estável, não fixa, mas em constante desenvolvimento e única, que identifica um indivíduo.
As características que a compõe são formadas pelo temperamento, características pessoais e caráter.
Todo indivíduo já nasce com o temperamento e este, se apresenta em forma de emoções. Atua como uma reação instintiva de autodefesa. Sua expressão é puramente hormonal.
Importante esclarecer que as emoções são reações hormonais intensas e violentas, porém passageiras e que nascemos com elas em forma de prazer e desprazer. Delas se originam os sentimentos, que são reações adquiridas com o convívio ao meio, através do controle social sobre as emoções
As características pessoais vão se formando ao longo da vida, quando a emoções entram em contato com o ambiente social e este reage ao mesmo, assim vão se formando os sentimentos. Estes, por sua vez, vão dando origem às características pessoais da personalidade. Ex. Uma reação de desprazer pode se transformar e ódio e agressividade, mas estas reações emocionais não são permitidas pelo mundo social, desta forma a pessoa vai assimilando e transformando essas reações violentas em sentimentos. Estes, por sua vez, vão dando origem às características pessoais da personalidade como, por exemplo, comportamentos de passividade ou timidez, etc.
O caráter são características aprendidas com no meio com as quais nos relacionamos de forma moral e ética com a sociedade.


ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
Segundo a teoria psicanalítica, a personalidade é composta por três estruturas: id, ego e superego.
O id, termo proposto com Freud, representa o mundo dos desejos inconscientes. O indivíduo nasce com essa estrutura que, com o auxílio do temperamento, prazer e desprazer, reconhece as necessidades orgânicas como forma de abastecê-la, sejam a fome, o afeto e outros.
O ego, também proposto por Freud, surge a partir do momento que o indivíduo começa a perceber o mundo exterior. Sua ação é perceber as necessidades do organismo, através do id, e buscar sua saciação no meio em que vive. O ego surge a partir de mais ou menos dois anos de idade.
O superego, pelo mesmo teórico, representa o conteúdo social em nossa personalidade e começa a se desenvolver a partir do momento em que o ego inicia sua busca no meio exterior par satisfazer o id.
Quando o id se manifesta através de alguma necessidade e o ego tenta satisfazê-lo, o meio o ensina, através do conceito social do que é certo e errado, a buscar o objeto de satisfação do id.
Assim temos:
Ex. O id representa o desejo do organismo, o ego reconhece a necessidade no meio, o superego mostra o caminho socialmente correto para a satisfação e o ego se encarrega da ação final.


O CORPOTAMENTO COMO MANIFESTAÇÃO DA PERSONALIDADE
Manifestamos a nossa personalidade através do nosso comportamento. Entende-se por comportamento toda a ação, seja ela física ou psíquica, do indivíduo.
Agimos no meio projetando as características da personalidade que vamos adquirindo ao longo de nossa vida. Cada projeção age como retroalimentação para um novo polimento dessas características.
Projetamos através das palavras, do corpo, das expressões, da escrita, do desenho, da imaginação, dos sonhos, etc.


FLEXIBILIDADE DAS CARACTERÍSTICAS
Sabemos que nossa personalidade é formada por um infindável número de características, com níveis diferentes de força e manifestação, que se combinam de acordo com a necessidade da ação do ego.
O indivíduo, através de sua percepção, identificando o local em que se encontra como o ambiente, a situação, as relações e as necessidades, acaba por combinar características ideais para aquela situação. A essa combinação de características chamamos de “papeis”. Para cada situação trocamos nossas características, combinando-as de tal forma a desempenharmos o papel ideal para o momento. Trocamos as características de acordo com que trocamos uma roupa, isto é, um modelo para cada situação. Essa assertividade determina a nossa capacidade de adaptação ao meio. Ex: Sabemos o momento de agir quando nos encontramos num culto religioso ou num “barzinho” com amigos.


A PERSONALIDADE NAS ORGANIZAÇÕES
Toda Empresa é formada por pessoas. Não existe Empresa ou Organização, se não houver pessoas nela.
As pessoas, por sua vez, para serem produtivas, precisam estar em harmonia com os objetivos tanto da Empresa como com os objetivos pessoais. Os objetivos da Empresa são produtividade, lucros, etc. Os objetivos pessoais são, segundo Maslow, a satisfação de suas necessidades fisiológicas, de segurança, de afiliação, de autoestima e autorealização. Portanto, a Empresa deve ter o cuidado de colocar a pessoa certa no lugar certo, tanto em relação às suas atividades de trabalho como em relação ao ambiente em que a pessoa irá trabalhar.
As características da personalidade devem combinar com o tipo de atividade do trabalhador assim como com a personalidade dos seus pares, visando a satisfação de produzir e ao mesmo tempo sentir-se bem no ambiente de trabalho.
Pode-se verificar essa compatibilidade de características a partir de um levantamento da personalidade através de entrevistas, pesquisas sobre a história do indivíduo, de testes psicológicos e até de observações situacionais pelo período de experiência do mesmo na sua equipe de trabalho.
Para entendermos melhor essas características a serem observadas e comparadas podemos recorrer a alguns estudiosos e teóricos da tipologia humana:
1- Hipócrates e Galeno: Já, muitos anos antes de Cristo, alguns estudiosos propunham um estudo sobre a maneira de ser e agir das pessoas. Quando ainda a psicologia era estudada como simplesmente um ramo da filosofia, Hipócrates e Galeno propuseram uma teoria de que o ser humano tinha quatro formas de temperamento que davam origem a todas as características de sua personalidade, a saber:
a) Colérico: pessoas irritadas e nervosas;
b) Fleumático: cansados e lentos;
c) Melancólico: tristes e insatisfeitos e
d) Sanguineos: vigorosos e fortes.
2- Sheldon: mais recente, as teorias tipológicas da personalidade, embora utilizem termos diferentes, falam sobre a mesma coisa. Para Sheldon , ao invés de quatro tipos de temperamento, demonstrava a existência de apenas três:
a) Viscerotônico: (toda energia é localizada nas vísceras) A forma do corpo é representada pela pessoa gorda. Suas características dizem respeito a uma pessoa amável, sociável e vivacidade infantil;
b) Somatotônico: (A energia é concentrada no soma, isto é, na musculatura) A forma do corpo é de uma pessoa atlética. Suas característica são de uma pessoa firme, dominadora e de vivacidade juvenil.
c) Cerebrotônico: ( A energia se concentra no cérebro) A forma do corpo é de uma pessoa magra. Suas características dizem respeito a uma pessoa tensa, “elétrica” e de vivacidade adulta.
3- Myers e Briggs: Os aspectos da proposta são representadas por testes da personalidade:
a) Extrovertidos: Expansivos, sociáveis e assertivos;
b) Introvertidos: Quieto, observador e concentrado;
c) Sensatos: Práticos e rotineiros;
d) Intuitivos: Percebe o todo e age pela intuição;
e) Racionais: Agem através da lógica e possuem dificuldades quanto aos sentimentos;
f) Emocionais: Agem pelos sentimentos e possuem dificuldades para agirem de forma racional;
g) Julgadores: Organizados e buscam o poder e;
h) Perceptivos: Flexíveis e espontâneos.
4- Big Five: Diz respeito a uma proposta de uma estrutura de personalidade unificada:
a) Extroversão: sociável e assertivo;
b) Amabilidade: Pessoas cooperativas e receptivas;
c) Consciência: Responsáveis e organizadas;
d) Estabilidade emocional: Calma, segura e autoconfiante e;
e) Receptividade: Criativa, curiosa e sensível.
5- Kretschmer: Estudou as tendências da personalidade:
a) Esquizotímico: Pessoas reservadas e de hábitos rígidos;
b) Ciclotímico: Pessoa emocional e de fácil adaptação e;
c) Isotímico: Atléticos, pouco sensíveis e possuem dificuldades de adaptação.

Trabalhadores tendem a sentir maior satisfação em ocupações compatíveis com a sua personalidade.
Quanto maior a satisfação, melhor será o desempenho: menor absenteísmo, menor rotatividade, maior produtividade, etc.
EXEMPLO 1
Somatotônico: trabalha em equipes de ação, horário livre e atividade intensa.
EXEMPLO 2
Cerebrotônico: trabalhar sozinho, com horário estipulado e atividade intensa.
EXEMPLO 3
Viscerotônico: trabalha com o público, em situação confortável e pouca atividade.

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