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terça-feira, 13 de outubro de 2009

PSICOLOGIA APLICADA À EDUCAÇÃO FÍSICA

A IDADE ADULTA

DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL EM ADULTOS
O estado psicológico em adultos, como a auto-estima, o auto-conceito, a percepção do mundo, a imagem corporal, os estados emocionais e outros, sofrem influências das atividades e experiências que vão sendo adquiridas ao longo de seu envelhecimento.
Ser, durante a vida adulta, produtivo ou não, ter construído ou não uma vida positiva tanto social como pessoal, manter ou não os amigos, aposentar-se com dignidade e muitas outras atividades e experiências refletem na maneira como o indivíduo envelhece.
Do início da idade adulta ao envelhecimento, dentro dos estágios do desenvolvimento psicossocial proposto por Erik Erikson, o indivíduo passa por três fases críticas que, se não resolvidas, não consegue passar para o estágio seguinte.
É necessário mencionar que antes da idade adulta a pessoa passa ainda por cinco estágios, conforme o sua teoria.
Na idade adulta o indivíduo experimenta as fases:
a) Dos 18 aos 25 anos de idade = Intimidade x Isolamento: Fase em que o indivíduo desenvolve amizades adultas e intimidades com pessoas do sexo oposto. Caso não consiga desenvolver essas relações, vão se formando sentimentos de isolamento que, impedirão o desenvolvimento para a fase seguinte;
b) Dos 26 aos 65 anos de idade = Produtividade x Estagnação: Nesta fase a pessoa busca o sentimento de utilidade para si mesmo e para a sociedade. Necessita sentir-se produtivo o que aumenta a auto-estima elevando a auto-realização. A família e o trabalho são as fontes principais para o desenvolvimento positivo dessa fase. Quando o indivíduo sente-se incapaz de contribuir produtivamente na sociedade, adquire um sentimento de tédio e auto-indulgência o que o conduz a uma estagnação mais conhecida por crise da meia-idade.
c) Dos 65 à velhice = Integridade x Desespero: Quando a pessoa observa as experiências pela qual passou em toda a vida, tudo o que construiu e ajudou a construir junto à sua comunidade ou sociedade em geral, experimenta uma aposentadoria com dignidade, tanto pelo fator renda sem consumismo como pelos afetos dos que com ele caminharam. A morte é inevitável, porém ela lhe aparece com muita sobriedade. Caso tenha feito más escolhas no passado e sente arrependimentos pelas oportunidades que deixou passar, experimenta a angústia e o desespero de não poder voltar e recomeçar. O conflito e o medo entre a vida, da forma como lhe apresenta, e a morte coloca-o sobe constante estado de indecisão.
As relações sociais, as amizades e as atividades levam a pessoa, pelo contato humano, a uma vida mais feliz.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL NA IDADE ADULTA E VELHICE

O sistema nervoso central é composto de aproximadamente cem bilhões de células nervosas denominadas de neurônios. Cada neurônio é composto por um corpo celular, um axônio e vários dendritos. A transmissão de informações se dá dos dendritos de uma célula para o axônio de outras e são denominadas de sinapses. Elas ocorrem a partir de ondas elétricas que liberam produtos químicos chamado de neuromediadores. Os dendritos não encostam-se aos axônios e o neuromediadores saltam de uma célula para outra.
Essa complexa rede nervosa é responsável por toda a atividade humana, consciente ou inconsciente. Ela recebe estímulos do ambiente interno e externo e comporta-se em conseqüência.
Ressaltamos que milhares de neurônios morrem diariamente e não se regeneram. Estudos recentes demonstraram que ainda, independente da idade, alguns novos neurônios nascem, mas não o suficiente para restaurar as perdas. As drogas, como álcool, cigarro e outras mais pesadas tendem a matar ainda mais neurônios do que o normal. O oxigênio é imprescindível para a vida dos neurônios e, ambientes poluídos, são sérias ameaças aos mesmos.
Ao chegar à velhice, mais de 10% dos neurônios já morreram o que nos leva a conclusão dos estados debilitados tanto físico como psíquico da pessoa.
O Sistema nervoso é responsável pela produção de hormônios como a adrenalina, acetilcolina, serotonina, endorfina, etc. Esses componentes correspondem ao nosso modo de viver e comportar. A ausência de um dos hormônios pode comprometer a vida saudável, física e/ou psíquica.
Como os neurônios estão morrendo dia a dia, o cérebro numa tentativa de compensação, desenvolve ramificações, onde um neurônio incorpora as informações e atividades dos que morreram. Este fenômeno chamado de plasticidade cerebral causa uma sobre carga acarretando um desgaste maior de cada neurônio.
A oxigenação revitaliza essas células dando-lhes mais potência e durabilidade para manter o organismo saudável do ponto de vista físico e emocional.

Podemos concluir que tanto o desenvolvimento psicossocial como o neurológico através de amizades, boa alimentação, atividades físicas, e outras, levam o indivíduo a uma longevidade e a felicidade de existir.

TABELA DE ATIVIDADES PARA O BEM ESTAR DO IDOSO

. Exercícios de dança melhoram a imagem corporal.
. Caminhadas e corridas leves diminuem a ansiedade.
. Flexibilidade, alongamento, relaxamento e meditação auxiliam no tratamento da depressão.
Etc.
“Um sentimento de bem-estar serve, de alguma maneira, como termo geral e representa algum tipo de alteração positiva na atitude de uma pessoa (Hird e Williams, 1989). Após 14 semanas de um programa aeróbico, Terri e Templer (1985) observaram melhoras significativas no auto-conceito de adultos mais velhos. Além disso, homens e mulheres, entre idades de 55 e 85 anos, demonstraram percepções aumentadas de auto-conceito ao término de um programa motor de oito meses de dança (Berryman-Miller, 1988)” David L. Gallahue e John C. Ozmun, 2003 pg552.

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